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DAVID HARTLEY – ASSOCIACIONISMO E COMPORTAMENTO

 

Como foi visto no vídeo, Hartley estendeu o programa psicológico newtoniano de duas maneiras fundamentais. Ele ofereceu uma explicação neuropsicológica para a associação de ideias e ampliou os princípios associacionistas pala englobar o desenvolvimento do comportamento. O trabalho de Hartley é considerado o primeiro grande esforço em explicar a neurofisiologia do pensamento e do comportamento desde Descartes.

Os mecanismos neurofisiológicos descritos por Hartley estavam equivocados, mas na medida em que mais descobertas surgiram sobre transmissão neural e sobre o funcionamento do cérebro, informações mais acuradas foram substituindo as antigas explicações. Logo, Hartley foi um dos pioneiros na busca pelos conhecimentos que procuram elucidar as relações entre a biologia e a mente.

 

Associacionismo

Hartley seguiu os empiristas anteriores ao afirmar que todas as ideias derivam da experiência sensorial, e tentou explicar todas as operações mentais com base nos princípios associacionistas. Segundo ele, a contiguidade temporal com repetição é suficiente para a associação bem-sucedida entre ideias, entre ações, e entre ideias e ações. Ou seja, eventos que ocorrem simultaneamente ou em um curto intervalo de tempo, e de forma repetida, associam-se na mente.

Ele também desenvolveu uma explicação associacionista a respeito da motivação. Segundo Hartley, o prazer resulta das impressões que apresentam vibrações moderadas, já o desprazer está relacionado às impressões com vibrações excessivas. Ainda na visão Hartley, todas as ideias e comportamentos relacionam-se de alguma forma ao prazer ou ao desprazer.

Seguindo o pensamento do Reverendo John Gay (1699 - 1745) publicado no ensaio “Dissertation on the Fundamental Principle of Virtue”, Hartley alega que o comportamento humano é regulado pelas associações estabelecidas com as sensações de prazer e de desprazer, inclusive prazeres e desprazeres imaginários. Na medida em que o ser humano busca obter o prazer e evitar o sofrimento, ele tem a tendência de engajar-se em comportamentos associados ao prazer e de evitar envolver-se em comportamentos associados ao desprazer. Na visão de Hartley, bem como na de John Gay, a busca pelo prazer e a evitação da dor é o princípio fundamental da moralidade.

As explicações associacionistas de David Hartley tornaram-se bastante influentes na época, e durante aproximadamente 80 anos continuaram a ser consideradas o conhecimento de ponta da Psicologia.

 

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Obras sugeridas:

“An Introduction to the History of Psychology”, 7th edition, de B. Hergenhahn e Tracy Henley)

“A Conceptual History of Psychology” de John D. Greenwood.

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