JAMES MILL – ASSOCIACIONISMO E UTILITARISMO
Vimos que os filósofos James Mill e Jeremy Bentham foram grandes amigos. Bentham fundou o utilitarismo, um movimento que defendia que as questões morais, sociais e políticas deveriam ser determinadas pelo princípio da utilidade: a melhor a ação a ser tomada em qualquer situação é aquela que maximiza a felicidade humana e minimiza o sofrimento.
James Mill foi um filósofo radical do início do século XIX que defendeu posições utilitaristas no governo, nas leis e na educação. Assim como Bentham, ele apoiou uma série de programas intervencionistas como educação estatal, saúde pública e assistência aos pobres; Mill entendia que tais programas contribuíam para a felicidade humana e o alívio do sofrimento.
Em 1818 ele publicou a obra “A History of British India”, o que lhe abriu as portas para uma carreira bem-sucedida na Companhia das Índias Orientais, mas foi na obra “Analysis of the Phenomena of the Human Mind”, publicada em 1829 que Mill ofereceu sua grande contribuição à Psicologia através do estudo do associacionismo. Embora ele não tenha trazido nenhum grande novo princípio ao que já havia sido desenvolvido por Hume e Hartley, seu trabalho sintetiza como nenhum outro os princípios da psicologia associacionista, além de documentar evidências para tais princípios.
É importante ressaltar que as principais preocupações intelectuais de Mill estavam relacionadas à política e à educação, não à Psicologia; seu projeto era adaptar a psicologia associacionista aos objetivos sociais utilitaristas. Ele considerava, por exemplo, que o principal propósito da educação deveria ser o de facilitar a associação da felicidade individual ao comportamento social benevolente.
------------------------------------
Obras sugeridas:
“An Introduction to the History of Psychology”, 7. ed., de B. Hergenhahn e Tracy Henley.
“A Conceptual History of Psychology”, de John D. Greenwood.
- Nenhum comentário foi encontrado