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ARISTÓTELES (3) - APRENDIZAGEM MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO

TEXTO COMPLEMENTAR

 

Leis da associação

No vídeo, conhecemos as leis de associação descritas por Aristóteles: lei da contiguidade, lei da similaridade, lei do contraste e lei da frequência. Essas leis foram, por mais de 2.000 anos, a base das teorias de aprendizagem no ocidente. Em verdade, ainda hoje a leis da associação ainda orientam muitas concepções relacionadas à aprendizagem e à educação.

Associacionismo é o termo pelo qual ficou conhecida a compreensão de que as leis da associação explicam as origens das ideias, o processo da memória, ou como pensamentos complexos derivam de ideias simples.

 

Sonhos

sonhosOs sonhos, para Aristóteles, são explicados de forma semelhante à imaginação. Ele considera que, durante o sono, imagens de experiências passadas podem ser ativadas por eventos que ocorrem dentro e fora do corpo. Nos sonhos, essas imagens parecem sem sentido porque elas não estão sendo organizadas pela razão, além disso a estimulação que ativa essas imagens durante o sono não é a mesma estimulação que acontece quando estamos acordados e interagindo com objetos reais.

Como os sonhos têm como base imagens de experiências passadas armazenadas na memória, Aristóteles é extremamente cético em relação à possibilidade de os sonhos trazerem informações sobre o futuro. Em geral, sonhamos com eventos ligados a coisas que fizemos recentemente, mas eventualmente sonhamos de forma muito vívida com coisas que não aconteceram e que supomos que podem vir a acontecer, e às vezes acontecem mesmo.

Na visão de Aristóteles, os casos de sonhos proféticos devem ser considerados meras coincidências. Todas as noites temos muitos sonhos, logo, é muito provável que eventualmente alguns desses sonhos tenham relação com coisas que acontecerão futuramente na vida real, não porque sejam sonhos premonitórios, mas porque a quantidade de sonhos que temos ao longo da vida é muito grande. Em algum momento acontecerá pelo menos uma coincidência.

Contudo, em alguns casos, Aristóteles considera que sonhos podem trazer elementos relacionados ao futuro, mas não da forma como o entendimento popular afirma. Para ele, às vezes existem problemas físicos em andamento em nosso corpo, e como nos sonhos as nossas sensações costumam estar potencializadas, exageradas, pode ser que durante os sonhos consigamos sentir problemas orgânicos iniciais que não conseguimos detectar enquanto estamos acordados. Por isso, ele considera adequado que os médicos perguntem aos seus pacientes o que eles sentem durante os sonhos como forma de identificar sintomas.

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Obras sugeridas:

"Aristotle: A Very Short Introduction", de Jonathan Barnes.

“An Introduction to the History of Psychology”, ed. 7, de B. Hergenhahn e T. Henley.

"O Primeiro Motor no Livro XII da Metafísica de Aristóteles", de José da Silva Rafael. Link: https://goo.gl/3k4YNx

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