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OS SOFISTAS – PROTÁGORAS, GÓRGIAS E XENÓFANES

TEXTO COMPLEMENTAR

 

Os primeiros filósofos estavam interessados em entender a origem do universo e sua constituição. Alguns afirmavam que o elemento fundamental do universo era a água, para outros era o fogo, alguns grupos entendiam que eram os números, os átomos etc. Diante da falta de consenso entre as várias escolas filosóficas, surge um grupo de filósofos que reage a essas incertezas afirmando que não existe apenas uma verdade, mas várias.

Para esses filósofos, a verdade pode depender tão somente da capacidade de convencimento daquele que a defende. Nada é obrigatoriamente certo ou errado, tudo depende da crença que se tem sobre o que é certo e o que é errado. Os filósofos que defendiam essas ideias eram chamados de sofistas.

 

Protágoras

protaComo vimos no vídeo, Protágoras entende que cada pessoa tem a sua própria verdade, sempre baseada em suas experiências pessoais. Contudo, ele acredita que algumas crenças são mais valorosas que outras. Na política, por exemplo, algumas crenças têm maior propensão de levar a sociedade à convivência harmônica do que outras, e uma argumentação efetiva poderia demonstrar isso.

Do ponto de vista religioso, Protágoras é agnóstico. Ele afirma que não tem base para afirmar que os deuses existem ou não; há muitos impedimentos para que possamos obter esse tipo de conhecimento, como a falta de objetividade do tema religioso e o pouco tempo de duração da vida humana.

 

Górgias

Górgias foi um dos filósofos que mais fortemente abordaram o campo da linguagem, demonstrando a relação problemática que existe entre os conceitos e as coisas que existem no mundo material e que representam esses conceitos. Ademais, ele demonstra a dificuldade de se provar, com argumentos, a existência de qualquer coisa externa. Por exemplo, Górgias percebe que temos uma certa tendência à reificação, quer dizer, a acreditar que uma coisa existe só porque ela tem um nome.

gorgiasEle diz que as coisas não existem apenas por lhes darmos nomes ou por pensarmos nelas, embora muitos acreditem que porque pensam de determinada forma, as coisas realmente se passam dessa forma. Ele exemplifica sua posição argumentando que o fato de pensarmos em um homem voando com um par de asas, ou em uma carruagem correndo sobre as águas do mar, tais pensamentos não fazem com que essas coisas aconteçam no mundo físico.

Em geral, os sofistas também levantavam a interessante questão de que a consciência de uma pessoa é incapaz de acessar a consciência de outra. Tais argumentações demonstravam a relatividade da verdade, e isso era desconcertante para muitos pensadores que afirmavam que a verdade deveria ser mais do que as projeções das suposições individuais a respeito do mundo. Até hoje, essas discussões permanecem não resolvidas, seja na filosofia, seja nas ciências.

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Obras sugeridas:

"A New History of Western Philosophy - Ancient Philosophy", de Anthony Kenny.

“An Introduction to the History of Psychology”, ed. 7, de B. Hergenhahn e T. Henley.

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3 Comentários | Deixe o seu comentário
  • Fábio Luiz

    Parabéns pelo ótimo trabalho. Abre caminhos a que busquemos mais!

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  • José Wanderson

    Obrigado pelo texto e pelo vídeo, o nome do canal realmente condiz com a forma que o conteúdo é exposto. Esse e outros tem me ajudado muito na introdução de alguns temas que por outras fontes acabava por deixar de lado.

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  • Giovana Gomes Fonseca Alves

    Seu trabalho é incrível! Parabéns!!! Está me ajudando muito para o vestibular.

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