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FRANCIS BACON – EMPIRISMO RADICAL E OS QUATRO ÍDOLOS

TEXTO COMPLEMENTAR

 

Como foi visto no vídeo, Francis Bacon entende que a ciência deve ser utilizada para melhorar o mundo em que vivemos. Ele costumava citar a imprensa, a pólvora e a bússola magnética como exemplos de invenções científicas que modificaram completamente a vida sobre o planeta. Nenhuma outra força, dizia Bacon, exerceu tanta influência sobre as relações entre os homens, e entre esses e a natureza, quanto as invenções mecânicas. O conhecimento prático oferecido pela ciência seria tão importante para o aperfeiçoamento da sociedade que ele acreditava que a atividade científica deveria ser generosamente financiada por recursos públicos.

A conhecida frase “Conhecimento é poder” é de autoria de Francis Bacon. Ele considera que o ato de conhecer a natureza deve preceder qualquer tentativa de controlá-la, pois só se controla o que se conhece, e por “conhecer a natureza” ele quer dizer conhecer como certos elementos se relacionam para gerar determinados efeitos. Uma vez conhecidas essas relações, suas aplicações práticas podem ser exploradas. Por isso, ele afirma existirem dois tipos de experimentos: experimenta lucífera, que são os experimentos realizados para se conhecer as leis da natureza, e; experimenta fructifera, os experimentos realizados para se descobrir como essas leis podem ser utilizadas.

Em qualquer um dos dois tipos de experimentos, Bacon entende que sempre se deve usar o método indutivo, e o pesquisador deve estar sempre atento aos quatro ídolos (estudados no vídeo) para que sejam evitadas interpretações equivocadas sobre o fenômeno. Só assim os experimentos revelarão os segredos da natureza e suas utilidades práticas.

Ao considerar que os cientistas devem se esforçar no sentido de limpar as suas mentes de certas tendências ou vieses que podem comprometer a objetividade da pesquisa, Bacon estava adiante de seu tempo. Ele percebia que os cientistas são humanos também e, como quaisquer outras pessoas, estão sujeitos a pressuposições que podem influenciar suas observações.

 

Dedução x indução

 

A História da Ciência tem mostrando que a abordagem indutiva de Bacon foi muito pouco adotada, enquanto que o método dedutivo de Galileu e Newton exerceu forte influência sobre o desenvolvimento do pensamento científico. Ao contrário do que Bacon defendia, a ciência bem-sucedida requer a testagem de hipóteses ousadas, ou seja, não é ruim ter palpites ou pressuposições a respeito de fenômenos a serem investigados. O que é ruim é não mudar esses palpites ou pressuposições à luz de evidências contrárias.

A maior parte dos cientistas, desde os tempos de Bacon, têm rejeitado sua confiança excessiva na indução, mas não todos. Skinner, por exemplo, adotou sua filosofia avessa a teorias. Em 1950, Skinner escreveu o artigo “Teorias de Aprendizagem são Necessárias?” e sua resposta foi “não”. No ano de 1956, ele descreveu seu método de experimentação que consiste basicamente em tentar uma coisa, depois outra, e prosseguir a partir das tentativas que se mostraram promissoras, abandonando as demais. Na abordagem skinneriana não há teorias, hipóteses, análises matemáticas ou pressuposições e, assim como Bacon, Skinner também entende que a ciência deve aprimorar a condição humana.

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Obras sugeridas:

“A Conceptual History of Psychology”, de John D. Greenwood.

“An Introduction to the History of Psychology”, ed. 7, de B. Hergenhahn e T. Henley.

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6 Comentários | Deixe o seu comentário
  • Vinícius

    Obrigado!

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  • Valéria Rodrigues

    Que canal maravilhoso!

    Muito bom, parabéns aos criadores e administradores.
    ;)

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  • Wendell Menezes

    Excelente conteúdo. Tudo muito didático e organizado. Trabalho muito bem feito.
    Parabéns aos criadores!

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  • Eduardo Santos

    Meus parabéns. Eu faço psicologia e o conteúdo de vocês tem me ajudado muito. Obrigado pela iniciativa.

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  • Lucas

    Gostei muito da apresentação do conteúdo, muito didatico. Estou estudando para vestibular e está me ajudando muito.

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  • Helio

    Parabéns pela qualidade do material produzido!

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