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BEHAVIORISMO (3): IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

TEXTO COMPLEMENTAR (ANTIGA APRESENTAÇÃO INTERATIVA)

 

Castigo escolar

castigoVimos que Skinner recomenda o reforço como técnica para estimular a aprendizagem. O professor pode oferecer reforçadores como créditos, notas ou, preferencialmente, a sensação de sucesso ao aprender. Quanto ao castigo, Skinner é radicalmente contra, pois ela disposição no aluno para retrucar além de torná-lo propenso a rejeitar a escola.

 

Planejamento do trabalho pedagógico

Segundo o behaviorismo, alguns princípios devem nortear o planejamento pedagógico, vejamos alguns deles:

Diagnóstico – diagnosticar os conhecimentos prévios dos estudantes para identificar o que eles já sabem sobre os conteúdos que serão trabalhados e o que ainda precisam aprender.

Objetivos – ter objetivos de ensino/aprendizagem bem definidos. O professor deve saber com clareza quais as aprendizagens que devem ser desenvolvidas, e os estudantes devem saber antecipadamente que aprendizagens serão essas, para criar a expectativa e direcionar o foco.

Gradualismo – sempre começar o percurso de ensino/aprendizagem pelos conteúdos mais simples e familiares, prosseguindo, gradativamente, para os conteúdos mais difíceis e menos familiares.

Avaliação processual – avaliar as aprendizagens constantemente para evitar que o estudante avance de um nível para outro sem que todas as aprendizagens necessárias tenham sido realizadas.

Adequação dos materiais – os materiais didáticos devem ser sempre revisados e, quando necessário, refeitos.

Autoavaliação – garantir espaço para a autoavaliação, de maneira que o estudante possa reforçar sua própria aprendizagem identificando seus êxitos.

 

Autogoverno

Skinner acredita que o estudante deve aprender a gerenciar seu próprio processo de aprendizagem. Vejamos o que dizem Piletti e Rossato em “Psicologia da Aprendizagem” (p. 29):

“Skinner afirma que é possível ensinar um aluno a estudar e que para tanto deve-se ensinar-lhe técnicas de autogoverno, a fim de que possam ser aumentadas as possibilidades de que o que foi visto ou ouvido seja lembrado. Estudar por si mesmo também é um comportamento e, portanto, também deve ser aprendido para poder ser realizado. Assim, ensinar o aluno a estudar por si mesmo é fazer com que ele seja capaz de controlar o seu próprio comportamento de aprender.”

 

Tipos de reforçadores

Skinner não condena o uso de reforçadores arbitrários (artificiais) como notas e estrelinhas por parte dos professores para estimular a aprendizagem dos estudantes, mas ele recomenda que tais reforçadores sejam progressivamente substituídos por reforçadores naturais como a sensação de sucesso experimentada pelo próprio estudante ao aprender.

Durante esse processo, a prática da autoavaliação deve ser estimulada pelo professor para que ele comece a identificar seus próprios erros e acertos e se familiarize com o hábito de buscar, autonomamente, as fontes de reforço naturais, ou seja, as aprendizagens bem-sucedidas.

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Obras recomendadas:

“Pontos de Psicologia Escolar”, de Célia Silva Guimarães Barros.
“Psychology of Learning for Instruction”, de Marcy P. Driscoll.
“Psicologia da aprendizagem: da teoria do condicionamento ao construtivismo”, de Nelson Piletti e Solange Rossato.
“Ciência e Comportamento Humano”, 2. ed., de Frederic Skinner.

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2 Comentários | Deixe o seu comentário
  • Natália

    Ótimo material!

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  • Fer

    Material bem explicado!:D

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